Garoto parte para o “tudo ou nada” em busca da realização de seu sonho: tornar-se jogador de futebol
Entrar em campo, ouvir o grito da torcida em um estádio lotado, marcar um gol, festejar. Essa é a aspiração da maioria das crianças e adolescentes que gostam do esporte bretão e vislumbram tornar-se jogador de futebol.
No entanto, quanto mais o tempo passa, mais difícil é conseguir espaço dentro dos clubes. Alguns chegam a abandonar tudo em busca de uma oportunidade. Viajam, participando de testes em equipes de todo o Brasil e acreditam, apesar da idade avançada, que serão aprovados.
Esse é o caso de Danilo Ramos, 20 anos. O jovem, que reside em Santos, mas é gaúcho e passou grande parte de sua infância no Sul de Minas, viaja por cidades do País em busca de uma chance. “Fiz testes em Minas Gerais cerca de quatro vezes. Aqui no Estado de São Paulo, todo mês vou para alguma cidade. Estive até em Santa Catarina, onde fui aprovado na primeira etapa da peneira e retornarei em breve para dar sequência aos testes”. E continua. “Cheguei inclusive a conversar com pessoas ligadas ao futebol sobre uma possível ida para fora do País. O destino seria o Oriente Médio. Mas sem uma garantia, optei por ficar aqui e esquecer essa situação do que arriscar e acontecer algo de errado”.
Disciplinado e determinado, sua principal qualidade é a parte física. “Treino forte nos trabalhos de resistência muscular. Hoje o futebol é diferente. Quem não estiver com o físico em dia certamente será atropelado pelos demais. A técnica, em certas situações, ficou em segundo plano”. Lateral direito de muita velocidade, Ramos revela suas preferências. “Gosto de atuar no sistema 4-4-2, formando uma linha defensiva com os companheiros de zaga e intercalando os avanços ao setor ofensivo com o ala esquerdo”.
Apesar de ser torcedor do Santos Futebol Clube, o rapaz revela um de seus desejos. “Lógico que jogar no Santos seria mágico, uma realização fantástica. Mas tenho uma vontade imensa de jogar no São Paulo. A estrutura e seriedade do clube são fora de série. Entrar no Morumbi em um jogo de Libertadores deve ser eletrizante, de arrepiar qualquer um”.
Sabendo que sua idade é avançada para iniciar no futebol, ele se espelha em um jogador de Copa do Mundo. “O Liedson, quando iniciou, já era mais velho do que eu e trabalhava em um supermercado. Hoje a história dele no futebol é muito rica. Já atuou no Corinthians e Flamengo e defendeu a seleção de Portugal na última Copa”. E completa. “Nada é impossível. Sei que em breve terei que buscar outro caminho, mas enquanto acreditar e tiver esperança, vou persistir. Tenho o apoio dos meus pais e é isso que importa”.
Quanto a uma desilusão, ele não vê o possível insucesso no futebol como um fracasso. “Se eu não conseguir, vou lamentar, mas vou erguer a cabeça e seguir em frente. Minha vida está só começando. Não vejo essa batalha no futebol como um tempo perdido, mas sim como aprendizado”.
Ciente que é hora de tomar um rumo e buscar algo concreto para si, ele afirma que este é o último ano de tentativas dentro do futebol. “Estou com 20 anos. Se não conseguir nada até dezembro vou abrir a mente para outras possibilidades, pois as portas vão se fechando a cada semestre. Vou trabalhar e fazer cursos de especialização. Tenho consciência de que a definição tem de ser agora”.
Meu Twitter: http://twitter.com/dhyegosouza
Saudações,
Dhyego Souza
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Primeiramente é muito bom o seu blog e vou seguir por aqui tb.
ResponderExcluirO sonho para a maioria da criançada brasileira é se tornar jogador de futebol. Eu mesmo tentei, mas não deu.
A tarefa não é simples como a gente pensa de criança. É muito obstáculo e precisa contar com a sorte também.
Você tem que ser um ótimo jogador para se destacar entre outros milhares e precisa também de pessoas ao seu lado para te apoiar sempre.
O futebol é o melhor esporte do mundo e move milhões de brasileiros.