Você gostaria de ver o Oscar vestindo a camisa Tricolor?

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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Erros cruciais. Até quando?

Cícero comemora e cala os críticos após boa atuação e dois gols em Bragança
     Soberanos,

     Ontem, em Bragança Paulista, no estádio Nabi Abi Chedid, o São Paulo, repleto de desfalques, ficou no empate com o Bragantino e viu a liderança ficar ainda mais distante.
     Em uma partida de seis gols (empate por 3X3), ficou notória a competência da linha de frente tricolor e a ineficiência de seu sistema defensivo. Tem o melhor ataque da competição, com 20 gols marcados em nove rodadas, o que deixa o clube com uma média superior a dois tentos por jogo. Em compensação, tem a pior defesa entre os grandes (até mesmo incluindo a Portuguesa), já tendo sofrido 11 gols, mais de um por partida.
     O segundo gol sofrido foi o “mais aceitável” (se é que podemos dizer assim). O primeiro foi vergonhoso. No escanteio, a bola cruzou toda a extensão da área, Denis saiu mal, ninguém cortou, e dois jogadores do Bragantino ficaram livres para marcar.
     A bola aérea era um caos – tem sido durante toda a competição, e sofreremos contra o Palmeiras de Marcos Assunção – e raramente o sistema defensivo do São Paulo levava vantagem sobre o ataque adversário nesse quesito.
     Para finalizar as lambanças tricolores que resultaram em gol, Piris quis fazer o drible por dentro – onde até em “escolinha” se aprende que nunca se deve sair jogando pelo meio -, foi desarmado, e no cruzamento, Edson Silva ficou atrás de Romarinho, do Bragantino. Como o zagueiro pensava em ganhar a disputa sem se antecipar? Fraco também. Resultado: gol de empate do Bragantino.
     No decorrer da partida, o São Paulo se comportou bem no setor ofensivo. Teve muito mais posse de bola e chegou bem à frente. Não jogou de maneira exímia, mas teve uma boa dinâmica e os problemas defensivos – como em outros jogos – impossibilitaram a equipe de sair vitoriosa.
     Mudando de assunto, é incrível como 80% das vezes em que o São Paulo atua com transmissão da Rede Globo, não consegue o resultado positivo. Aqui em Santos/SP, havia passado quatro jogos consecutivos do Corinthians – um deles contra o São Paulo, quando saímos derrotados – e ontem voltou a passar o Tricolor.
     Esse ano (tendo como base as transmissões na minha região) foram três jogos na emissora, com uma vitória, um empate e uma derrota. Menos de 50% dos pontos conquistados. Sem transmissões da Globo foram seis partidas, com quatro vitórias e dois empates. Mais de 75% de aproveitamento.

     Avaliações Individuais:

     Denis: Saiu errado no primeiro gol, mas foi bem no decorrer da partida. Ainda está em fase de evolução, mas já provou ter potencial para substituir Rogério Ceni no futuro. Nota: 6,5
     Piris: Como sempre, bom marcador e fraco no apoio. Ontem, voltando de lesão, cometeu o erro crucial do terceiro e último gol do Bragantino. Nota: 4,5
     Rhodolfo: Firme como sempre. Sofre por ter companheiros muito fracos. Aos poucos vem voltando a atuar como em seu início no clube. Nota: 6,5
     Edson Silva: Esse é o ‘zagueirão’ que a maioria – me incluo nisso – pede para ser titular? Estamos perdidos. Fraquíssimo no jogo de ontem. Falhou demais, tanto pelo alto quanto, principalmente, por baixo. Em certo momento do jogo fez um passe cruzando a área e quase um jogador rival aproveitou a bobeira. É muito fraco tecnicamente. Nota: 3,5
     Cortez: Joga demais. Primeiro tempo primoroso. No segundo tempo cansou. Mas esse vestiu a camisa com louvor e dá mostras de que a lateral-esquerda ERA um problema, pois está solucionado. Nota: 7,5
     Denílson: Não teve uma atuação ruim, mas também não brilhou. O típico jogador que não aparece no jogo, joga em prol do coletivo. Corre, é polivalente, mas tecnicamente está – ou é? – mal. Vai embora em breve sem deixar saudades no torcedor. Nota: 5,5
     Fabrício: Difícil avaliar um atleta em 22 minutos. Mas o pouco que mostrou foi positivo. Não erra passes, marca e sai bem para o jogo... Acrescentará muito ao time e certamente será titular. Nota: 6,5
     Jadson: Fez seu grande jogo com a camisa do São Paulo até então. Correu, buscou o jogo, cavou pênalti – que não existiu -, fez gol, deu passes. Mostrou que está readquirindo ritmo de jogo e tende a evoluir ainda mais. Nota: 8,0
     Lucas: Bem como sempre. Afobado para alguns, incisivo para outros. Lucas é isso: velocidade, vontade, brio, habilidade, força... É peça fundamental para o Tricolor. Nota: 7,5
     Fernandinho: Deprimente. O seu pior jogo com a camisa do São Paulo (das partidas que vi). Não acertava um drible, um passe, um chute. Fez uma única boa jogada no jogo, durante o segundo tempo. Já teve todas as oportunidades do mundo e não aproveitou. Nota: 2,5
     Cícero: Jogo dedicado aos críticos. Dois gols, participação efetiva em campo, bola na trave... Como já disse em outros ‘posts’, é importante quando joga em sua posição de origem (terceiro homem de meio) e merece mais credibilidade do torcedor. Não concordei com sua escalação no ataque, mas mostrou competência. Nota: 9,0
     Casemiro: Longe de ser o Casemiro de meados de 2011, mas também longe de ser aquele perdido e deslumbrado Casemiro do fim do ano passado. Aos poucos vem retomando a confiança da torcida, da comissão técnica e, principalmente, a autoconfiança. Nota: 6,5
     Maicon e Osvaldo: Entraram no fim. Sem nota!
     Leão: Gosto dele. Fui a favor de sua chegada e da renovação. Sou a favor de sua permanência. Às vezes mexe mal na equipe – contra Corinthians e Comercial -, e ontem demorou a sacar Fernandinho. Com muitos desfalques, soube montar uma equipe equilibrada. Nota: 6,5

     Saudações Tricolores,


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Créditos da imagem: Divulgação

sábado, 18 de fevereiro de 2012

O Maior de Todos!

     Soberanos,

     Há coisas na vida que são inesquecíveis. Que passam de geração para geração. E assim é o Tri Campeonato Mundial e meu amor pelo São Paulo F.C.
     Na época, tinha 15 anos recém completados, a ansiedade era imensa. Na véspera jogo diante do Al-Ittihad, pelas semifinais, passei a madrugada acordado de tanta apreensão e com medo de perder o horário da partida.
     Todos acreditavam em uma fácil classificação do Tricolor, mas eu estava receoso. Já imaginou ser eliminado por um azarão? Em jogo único tudo pode acontecer, e esse temor passava pela minha cabeça.
     O São Paulo abriu o placar, e dava mostras de que não teria dificuldade para obter a vaga para a decisão, até que sofreu o gol de empate. Fiquei em total desespero, imaginando que aquele meu pensamento de “cair para o azarão” se confirmaria. No entanto a equipe conseguiu ampliar o placar para 3x1 na segunda etapa. No fim ainda sofreu o segundo gol, mas nada que atrapalhasse a classificação.
     No dia seguinte, o Liverpool, em disputa pela outra vaga na final, venceu o Deportivo Saprissa por 3x0, completando 11 jogos sem sofrer gols.
     Meus amigos, torcedores de clubes rivais, diziam: "Sofreram para ganhar daquele timinho, enquanto o Liverpool atropelou. Coitados, vocês vão tomar de seis na final."
     Rebati, discuti... Não apenas por ser torcedor, mas por saber que o São Paulo seria campeão. Apesar das dificuldades na semi, aquele elenco do Tricolor era guerreiro, vibrante, unido. Totalmente focado. E em uma decisão deste porte, isso pesa demais!
     Chegou sábado, véspera do grande confronto, e novamente passei a madrugada em claro, apreensivo, nervoso, inquieto. Rezando para o tempo passar rapidamente. Mas parecia que o relógio andava para trás.
     Cerca de meia hora antes da partida fui para a casa do meu pai assistir ao jogo. Foi ele que, indiretamente (ou diretamente?) fez com que eu me tornasse tricolor. Foi com ele que chorei pelo São Paulo. Foi com ele que aprendi o que significava torcer pelo Mais Querido.
     Chegando a casa dele a bola havia acabado de rolar. Perdi o início, a entoação dos hinos e a entrada dos atletas. Pensei: "ora, passei a madrugada em claro para não perder NENHUM detalhe". Mas perdi.
     No entanto, não perdi o maior dos DETALHES daquele memorável jogo. Passe de Fabão, ajeitada "desajeitada" de Aloísio e lançamento preciso para Mineiro. Toque sutil na saída de Reina. Gol do São Paulo. Gol de Mineiro. Gol para quebrar uma sequência de mais de MIL minutos dos ingleses sem sofrer um tento sequer. Aquele gol significava os pequeninos do Morumbi derrubando os gigantes do Liverpool.
    
     A sequência do jogo foi tensa. O Liverpool pressionou. Atacou de todas as maneiras. A cada bola levantada na área era um total desespero. Meu pai caminhava pela sala, como se, em movimento, passasse energia aos atletas. Eu olhava e pensava: "ele viu isso duas vezes, tem quase 40 anos, e está assim ansioso. Eu preciso viver isso também."
     Quando o treinador dos “Reds”, Rafa Benítez, colocou Peter Crouch em campo, fiquei desesperado. Ao atacante passar ao lado de Diego Lugano, notei que o nosso zagueiro batia no ombro do inglês. A diferença de altura era imensa e a bola aérea seria um sufoco para o Clube da Fé!
     Após três gols anulados (de forma correta) e defesas fantásticas de Rogério Ceni, o Liverpool teve sua ultima chance, mas arrematou para fora. Era tiro de meta. Rogério Ceni pegou a bola, e ali eu sabia que seria o último toque na bola do maior ídolo da história do clube da minha vida com apenas duas estrelas vermelhas no peito.

     Ele cobrou, e com a bola viajando, no ar, o juiz apitou. E, assim como a bola, eu também fui para o ar. Pulei, gritei, festejei... É uma emoção inenarrável.
     Desesperado, meu pai gritava, mas era um grito diferente, um grito quase sem voz, um grito que nunca havia ouvido antes. Era um grito de Tri Campeão do Mundo. Era algo unanime no país. Era a terceira estrela vermelha, conquistada com bravura por um time guerreiro. Era a prova da soberania Tricolor!
     Meu pai me abraçou, tão forte, mais tão forte, que parecia a última vez. E ao meu abraçar disse: "Eu te amo. Nós somos Tri Campeões do Mundo. Só o São Paulo e mais ninguém. Se eu morrer hoje, morro feliz. Feliz por saber que você já viu o São Paulo levantar uma Libertadores e um Mundial. Sempre quis ver um filho meu poder acompanhar isso. Pensava nisso em 1992 e 1993, e agora aconteceu."
     Ali ficamos, por mais de cinco minutos, abraçados. Como se o mundo tivesse parado. E pensando bem, parou... Parou para eu e meu pai, parou para toda a nação Tricolor e parou para que todos pudessem ver o São Paulo deixar de ser apenas um grande clube, para tornar-se O Maior de Todos!

     Saudações Tricolores!


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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O verdadeiro torcedor

Em 2008, torcida do São Paulo "invadiu" Brasília para festejar o Tri-Hexa
     Soberanos,

     O que podemos considerar como um verdadeiro torcedor?
     Aquele que incentiva independente da situação da equipe? Aquele que se deixa levar pelo momento? Ou o torcedor que apoia, mas cobra com discernimento quando necessário?
     Domingo fomos derrotados pelo Corinthians, no Pacaembu, em duelo válido pela sétima rodada do Campeonato Paulista e perdemos a invencibilidade na temporada.
     A realidade é que o adversário se portou melhor em campo, foi mais organizado taticamente e soube explorar a fragilidade do lado direito da defesa do São Paulo. Por esse fator, somado a expulsão de João Filipe e o desperdício de pênalti de Jadson, saíram vitoriosos.
     Isto não significa que o Tricolor atuou mal. Não foi brilhante, mas foi bem. A partida foi franca, aberta, com as equipes dispostas a obter o resultado positivo. Há tempos o São Paulo não atuava com tanta vontade e disposição – acentuada por um excesso de nervosismo - contra um de seus rivais. O campo molhado, não pesado, favoreceu para o jogo tornar-se ainda mais dinâmico e ‘brigado’.
     As duas equipes tinham desfalques, a diferença é que os suplentes corintianos foram mais decisivos na partida, em especial Jorge Henrique – que não suporto, mas é bom jogador e foi o melhor em campo, ao lado de Cortez.
     Muitos são paulinos, através das redes sociais, trataram a derrota como o “fim do mundo”. Parecia que se tratava de uma final de Libertadores e não de um clássico no início de uma temporada.
     Considero uma boa parte da torcida tricolor extremamente mal-acostumada. Cobram a equipe de forma equivocada. É chato perder para um rival? Sim. Mas é inegável que o São Paulo vem mostrando – em especial nesta partida – algo que não vimos nas duas ultimas temporadas: determinação. Isso conta, e muito. Não muda o resultado, mas é um ponto positivo para o restante da competição e da temporada.


Cortez foi o principal jogador são paulino em campo
Observações individuais

     Denis: Antes do jogo contra o Vasco, no Brasileirão do ano passado, poucos o conheciam. Depois daquela partida, muitos torcedores queriam que ele já se tornasse titular, pedindo a aposentadoria de Rogério Ceni. Após falhar contra o Oeste, no Paulistão, ele não prestava mais. Parte dos são paulinos são incoerentes e sem um ponto de vista definido neste quesito. Mudam de opinião facilmente.
     No clássico ele fez, no mínimo, duas grandes defesas – uma delas espetacular – e salvou o São Paulo de sofrer um placar mais elástico.

     João Filipe: Foi desastroso contra o Corinthians? Sim. Deveria ter sido substituído previamente? Sem dúvida. Estava atuando em sua real posição? Não.
     Ele foi o pior em campo. Principalmente pela expulsão, justamente no momento em que o Leão fez as três substituições – de forma errônea. No entanto, cobrá-lo ao ponto de dizer que ele não serve para o clube já é demais.
     Ano passado crucificaram Jean por atuar mal na lateral. Resultado: perdemos um bom volante. A cobrança sobre João Filipe deve ser feita, mas sempre com a ressalva de que ele não é lateral e não tem o domínio da posição.

     Paulo Miranda: Não entendo como esse jogador é titular do São Paulo. Fraco, perdido e estabanado, não tem nenhuma qualidade exuberante a ser exaltada. João Filipe e Edson Silva são superiores à ele e a vaga ao lado de Rhodolfo deveria ser de um deles.
     Dizem que Paulo Miranda veio por intermédio – exigência – de empresário. Aquela história de “dever favorzinho para alguém”. Sinceramente, não duvido disso.

     Cícero: Engraçado quando acompanho jogos do São Paulo através do Twitter. Ninguém está falando mal do Cícero, basta o primeiro dizer algo contra ele que todos começam. Seria essa uma opinião real do torcedor ou apenas se deixam levar pela maioria?
     Contra o Comercial, jogando na primeira etapa em sua real posição (segundo ou terceiro homem de meio campo, caindo pelo lado esquerdo), ele foi muito bem. No segundo tempo Leão sacou Jadson e Maicon e o deixou como o principal articulador da equipe. Seu rendimento caiu, obviamente. Essa posição não é a dele.
     Quem está errado? Cícero, que caiu de rendimento ou Leão que mexeu mal e colocou o atleta em um esquema totalmente desfavorável? Toda vez que Cícero atua em sua posição, ele rende positivamente.

     Jadson: Chegou como grande aposta. Todos o ovacionaram, o trataram como gênio, alguém que viria para resolver os problemas de criação do setor de meio-campo do São Paulo.
     Semanas depois, Jadson perde pênalti (muito mal cobrado) e adivinha o que acontece? Vira o vilão. Não serve mais, preferiam Montillo, Thiago Neves etc. O que passa na cabeça do torcedor para agir assim?
     Lembro que foi assim também com Luis Fabiano, quando ano passado perdeu uma penalidade diante do Cruzeiro. Muitos o chamaram de pipoqueiro. Os mesmos que antes o chamavam de Fabuloso.

     Leão: Pelo segundo jogo consecutivo mexe errado na equipe. Gostei da vinda dele, e mais ainda da permanência. Porém, é necessário que o treinador avalie suas ultimas “lambanças” e note que prejudicou a equipe contra Comercial e Corinthians. Isso não pode acontecer.


     Seria bom que este tipo de torcedor revisse seus conceitos e analisasse se está agindo com coerência. Isso acaba prejudicando demasiadamente a equipe. O time entrou visivelmente ‘pilhado’ e nervoso contra o Corinthians e parte desse aspecto deve-se ao torcedor, que tratou este confronto como uma final.
     Era importante vencer, todos sabem. Mas sem desespero, sem obrigatoriedade. A torcida rival tratou o jogo como obrigação? Não, apenas apoiou. E o que aconteceu? A equipe entrou centrada, focada, mas tranquila em campo, sem desespero. Assim que deve ser.
     O Tricolor dará alegrias esse ano aos torcedores. A mudança de postura está implantada, mas em fase de início, e isso requer paciência e apoio por parte de todos.
     Futebol não é só paixão e emoção, mas também razão.

     Saudações Tricolores!


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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

O que fazer com Oscar?

São Paulo ganha 'guerra judicial' e Oscar terá de retornar
     Soberanos,

     O São Paulo recuperou hoje, após uma grande batalha judicial (que certamente ainda se estenderá), os direitos federativos do meio-campista Oscar, que vem atuando com a camisa do Internacional, sendo um dos grandes destaques da equipe.
     Seu contrato com o Tricolor era válido até dezembro de 2013, no entanto este será prorrogado pelo período em que o atleta se ausentou do clube. Ou seja, se expandirá por cerca de dois anos.
     Existe a possibilidade de Oscar ‘se livrar’ do São Paulo. Basta pagar R$9,5 milhões referente a multa rescisória. A probabilidade de isso ocorrer é remota, para não dizer nula, já que o atleta tentará, com seu advogado André Ribeiro, que coincidentemente é o mesmo de Nilmar, recorrer à decisão da justiça e voltar a ter condições de atuar pelo clube de Porto Alegre.
     Assim que a decisão do Tribunal sair no Diário Oficial – o que não deve demorar muito a acontecer - ele terá de retornar ao Mais Querido, sendo impedido de atuar pelo Inter.

 
     Como foi o caso?
 
Em ação pelo Internacional
     Oscar iniciou sua trajetória no Soberano aos 13 anos de idade. Aos 15 foi levado para a Espanha, onde permaneceu até os 16 anos. Quando retornou, o clube solicitou que sua mãe o emancipasse, tornando possível a assinatura de um vínculo profissional. Isso foi feito com o aval familiar e o jogador acertou um contrato de três temporadas com o São Paulo.
     Após dois meses foi feito um novo acordo, com validade de cinco anos, onde o salário inicial seria o mesmo, mas o aumento anual seria substancialmente superior, além de R$120 mil de luvas.
     No fim de 2009, o jogador, influenciado por seu empresário - que também tentou tirar Casemiro do Morumbi, que preferiu trocar de empresário ao invés de deixar o Tricolor, honrando assim seu compromisso com o São Paulo -, alegou ao Tribunal que aos 16 anos fora coagido pela diretoria do clube para assinar o vínculo contratual.
     Além disso, disse também que tinha atrasos salariais e de FGTS há cerca de um ano.
     Após uma verdadeira batalha judicial, Oscar assinou com o Internacional em meados de 2010.


     O que fazer?    

     Agora, com essa vitória na justiça, a pergunta que fica é: o que o São Paulo deve fazer com ele?
     Entrar em um acordo amigável com o Internacional, recebendo uma quantia financeira ou algum atleta para liberá-lo em definitivo para o clube gaúcho?
     Tentar negociá-lo com o futebol europeu na janela de transferências do meio do ano, mantendo ele por empréstimo no clube gaúcho em troca de algum jogador ou de dinheiro para que ganhe visibilidade na Libertadores?
     Integrá-lo ao clube e deixá-lo a disposição da equipe de Emerson Leão?

     Saudações Tricolores!


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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Paulistão: o estadual mais disputado (e desorganizado) do Brasil

     Qual o campeonato estadual capaz de proporcionar, apesar das circunstâncias, disputas acirradas, quatro grandes clubes (Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo), uma equipe de forte tradição e que é tratado por muitos como ‘grande’ também (Portuguesa), dois ‘pequenos’ que sempre incomodam (Guarani e Ponte Preta), além de, no mínimo, mas três ou quatro times que acabam aparecendo bem e dificultando a vida dos ‘gigantes’ do Estado na competição?
     Lógico que estamos falando do Campeonato Paulista, que é, com sobras, o torneio estadual mais competitivo e importante do País.
     No entanto, a fórmula de disputa é totalmente esdrúxula e prejudicial aos clubes, em especial aos grandes – que a Federação faz questão de preservar e beneficiar, mas neste caso acaba prejudicando.
     Desde 2007, a primeira fase é disputada em turno único, todos contra todos, onde os quatro primeiros avançavam para a fase semifinal. Porém, em quatro anos de certame com esse sistema, de 2007 a 2010, apenas em uma oportunidade todos os grandes avançaram (em 2009), nas demais temporadas, apenas dois deles passaram para os mata-matas, o que, na questão publicitária, enfraquecia a competição.
     Eis que alguém muito ‘inteligente’ teve a ideia de mudar o regulamento a partir de 2011, e ao invés de quatro, oito equipes passariam e formariam as quartas-de-finais. Desta forma, entenderam ser impossível que as potências do Estado ficassem de fora da fase seguinte, tornando-o mais atrativo, mantendo assim o interesse de terceiros.
     As quartas e semifinais são disputadas em jogo único. Uma grande injustiça com quem passa entre os primeiros e enfrenta aqueles que passaram na ‘rabeira’. Dois jogos é o mais correto. Imagine seu time, que passou em primeiro lugar com sobras na primeira fase, e pega o oitavo, que se classificou aos trancos e barrancos, contando com uma grande combinação de resultados. A equipe que passou no sufoco consegue um gol ‘achado’, se fecha, seu time no desespero ataca, toma o segundo gol de contra-ataque e perde um atleta expulso. Resultado: Eliminado. É justo?
     Muitos dizem que futebol não é justiça. Tudo bem, podemos considerar. Mas daí a dizer que a equipe que fez uma bela campanha na fase preliminar não tem o direito de um segundo jogo (com algum tipo de vantagem por ter feito campanha superior) para reverter a situação e buscar a vaga, já é demais.
     Outra coisa intrigante nessa fórmula benéfica apenas para os cartolas, que estão sentados em seus escritórios debaixo do ar-condicionado, é com relação a absurda quantidade de jogos da primeira fase. É necessário haver 19 partidas para saber quais equipes merecem avançar em uma competição onde quase metade delas prosseguirá? Creio que não.
     Se há 20 clubes, por que não dividi-los em dois grupos com dez times em cada, colocando dois grandes em cada grupo? Dessa forma as equipes disputariam apenas nove partidas, e o interesse das quatro forças do Estado seria maior. O Santos teria mais tempo de preparo, São Paulo e Palmeiras não sofreriam com tantos atletas lesionados, e os demais também teriam seus benefícios. O campeonato não precisaria iniciar tão rápido, alguns meios de semana ficariam ‘livres’, e não haveria necessidade de priorizar Libertadores e Copa do Brasil em detrimento do estadual sendo que o calendário seria mais adequado, dando folga aos times.
     Classificaria dois clubes de cada grupo, fazendo uma semifinal justa e valorizada, ou quatro de cada grupo formando as quartas (o que seria mais benéfico a Federação, para não correr o risco de ver os ‘gigantes’ de fora).
     O mais engraçado de tudo é que dirigentes vem hoje à imprensa reclamar do modo de disputa. Que é sacrificante, que não há tempo para preparo, que é desgastante, que é preciso poupar atletas pelo excesso de jogos etc. Eles só deixam de mencionar aos torcedores - que em sua maioria não enxergam isso - que a culpa é deles próprios, que assinam, concordando com a fórmula de disputa meses antes do início do campeonato.
     Quem sofre com isso são os jogadores lesionados, os treinadores taxados de burros, mas que não podem contar com seus principais jogadores, e nós, torcedores, que somos obrigados a engolir tudo o que é imposto pelos ‘donos do futebol’, os dirigentes de clubes e federações.
     O Campeonato Paulista pode e merece muito mais.

     Saudações Tricolores!


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