Cícero comemora e cala os críticos após boa atuação e dois gols em Bragança |
Soberanos,
Ontem, em Bragança Paulista, no estádio Nabi Abi Chedid, o São Paulo, repleto de desfalques, ficou no empate com o Bragantino e viu a liderança ficar ainda mais distante.
Em uma partida de seis gols (empate por 3X3), ficou notória a competência da linha de frente tricolor e a ineficiência de seu sistema defensivo. Tem o melhor ataque da competição, com 20 gols marcados em nove rodadas, o que deixa o clube com uma média superior a dois tentos por jogo. Em compensação, tem a pior defesa entre os grandes (até mesmo incluindo a Portuguesa), já tendo sofrido 11 gols, mais de um por partida.
O segundo gol sofrido foi o “mais aceitável” (se é que podemos dizer assim). O primeiro foi vergonhoso. No escanteio, a bola cruzou toda a extensão da área, Denis saiu mal, ninguém cortou, e dois jogadores do Bragantino ficaram livres para marcar.
A bola aérea era um caos – tem sido durante toda a competição, e sofreremos contra o Palmeiras de Marcos Assunção – e raramente o sistema defensivo do São Paulo levava vantagem sobre o ataque adversário nesse quesito.
A bola aérea era um caos – tem sido durante toda a competição, e sofreremos contra o Palmeiras de Marcos Assunção – e raramente o sistema defensivo do São Paulo levava vantagem sobre o ataque adversário nesse quesito.
Para finalizar as lambanças tricolores que resultaram em gol, Piris quis fazer o drible por dentro – onde até em “escolinha” se aprende que nunca se deve sair jogando pelo meio -, foi desarmado, e no cruzamento, Edson Silva ficou atrás de Romarinho, do Bragantino. Como o zagueiro pensava em ganhar a disputa sem se antecipar? Fraco também. Resultado: gol de empate do Bragantino.
No decorrer da partida, o São Paulo se comportou bem no setor ofensivo. Teve muito mais posse de bola e chegou bem à frente. Não jogou de maneira exímia, mas teve uma boa dinâmica e os problemas defensivos – como em outros jogos – impossibilitaram a equipe de sair vitoriosa.
Mudando de assunto, é incrível como 80% das vezes em que o São Paulo atua com transmissão da Rede Globo, não consegue o resultado positivo. Aqui em Santos/SP, havia passado quatro jogos consecutivos do Corinthians – um deles contra o São Paulo, quando saímos derrotados – e ontem voltou a passar o Tricolor.
Esse ano (tendo como base as transmissões na minha região) foram três jogos na emissora, com uma vitória, um empate e uma derrota. Menos de 50% dos pontos conquistados. Sem transmissões da Globo foram seis partidas, com quatro vitórias e dois empates. Mais de 75% de aproveitamento.
Avaliações Individuais:
Denis: Saiu errado no primeiro gol, mas foi bem no decorrer da partida. Ainda está em fase de evolução, mas já provou ter potencial para substituir Rogério Ceni no futuro. Nota: 6,5
Piris: Como sempre, bom marcador e fraco no apoio. Ontem, voltando de lesão, cometeu o erro crucial do terceiro e último gol do Bragantino. Nota: 4,5
Rhodolfo: Firme como sempre. Sofre por ter companheiros muito fracos. Aos poucos vem voltando a atuar como em seu início no clube. Nota: 6,5
Edson Silva: Esse é o ‘zagueirão’ que a maioria – me incluo nisso – pede para ser titular? Estamos perdidos. Fraquíssimo no jogo de ontem. Falhou demais, tanto pelo alto quanto, principalmente, por baixo. Em certo momento do jogo fez um passe cruzando a área e quase um jogador rival aproveitou a bobeira. É muito fraco tecnicamente. Nota: 3,5
Cortez: Joga demais. Primeiro tempo primoroso. No segundo tempo cansou. Mas esse vestiu a camisa com louvor e dá mostras de que a lateral-esquerda ERA um problema, pois está solucionado. Nota: 7,5
Denílson: Não teve uma atuação ruim, mas também não brilhou. O típico jogador que não aparece no jogo, joga em prol do coletivo. Corre, é polivalente, mas tecnicamente está – ou é? – mal. Vai embora em breve sem deixar saudades no torcedor. Nota: 5,5
Fabrício: Difícil avaliar um atleta em 22 minutos. Mas o pouco que mostrou foi positivo. Não erra passes, marca e sai bem para o jogo... Acrescentará muito ao time e certamente será titular. Nota: 6,5
Jadson: Fez seu grande jogo com a camisa do São Paulo até então. Correu, buscou o jogo, cavou pênalti – que não existiu -, fez gol, deu passes. Mostrou que está readquirindo ritmo de jogo e tende a evoluir ainda mais. Nota: 8,0
Lucas: Bem como sempre. Afobado para alguns, incisivo para outros. Lucas é isso: velocidade, vontade, brio, habilidade, força... É peça fundamental para o Tricolor. Nota: 7,5
Fernandinho: Deprimente. O seu pior jogo com a camisa do São Paulo (das partidas que vi). Não acertava um drible, um passe, um chute. Fez uma única boa jogada no jogo, durante o segundo tempo. Já teve todas as oportunidades do mundo e não aproveitou. Nota: 2,5
Cícero: Jogo dedicado aos críticos. Dois gols, participação efetiva em campo, bola na trave... Como já disse em outros ‘posts’, é importante quando joga em sua posição de origem (terceiro homem de meio) e merece mais credibilidade do torcedor. Não concordei com sua escalação no ataque, mas mostrou competência. Nota: 9,0
Casemiro: Longe de ser o Casemiro de meados de 2011, mas também longe de ser aquele perdido e deslumbrado Casemiro do fim do ano passado. Aos poucos vem retomando a confiança da torcida, da comissão técnica e, principalmente, a autoconfiança. Nota: 6,5
Maicon e Osvaldo: Entraram no fim. Sem nota!
Leão: Gosto dele. Fui a favor de sua chegada e da renovação. Sou a favor de sua permanência. Às vezes mexe mal na equipe – contra Corinthians e Comercial -, e ontem demorou a sacar Fernandinho. Com muitos desfalques, soube montar uma equipe equilibrada. Nota: 6,5
Saudações Tricolores,
Twitter: https://twitter.com/#!/dhyegosouza - @Dhyegosouza – Sigo-os de volta!
Créditos da imagem: Divulgação
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