Você gostaria de ver o Oscar vestindo a camisa Tricolor?

Powered By Blogger

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Paulistão: o estadual mais disputado (e desorganizado) do Brasil

     Qual o campeonato estadual capaz de proporcionar, apesar das circunstâncias, disputas acirradas, quatro grandes clubes (Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo), uma equipe de forte tradição e que é tratado por muitos como ‘grande’ também (Portuguesa), dois ‘pequenos’ que sempre incomodam (Guarani e Ponte Preta), além de, no mínimo, mas três ou quatro times que acabam aparecendo bem e dificultando a vida dos ‘gigantes’ do Estado na competição?
     Lógico que estamos falando do Campeonato Paulista, que é, com sobras, o torneio estadual mais competitivo e importante do País.
     No entanto, a fórmula de disputa é totalmente esdrúxula e prejudicial aos clubes, em especial aos grandes – que a Federação faz questão de preservar e beneficiar, mas neste caso acaba prejudicando.
     Desde 2007, a primeira fase é disputada em turno único, todos contra todos, onde os quatro primeiros avançavam para a fase semifinal. Porém, em quatro anos de certame com esse sistema, de 2007 a 2010, apenas em uma oportunidade todos os grandes avançaram (em 2009), nas demais temporadas, apenas dois deles passaram para os mata-matas, o que, na questão publicitária, enfraquecia a competição.
     Eis que alguém muito ‘inteligente’ teve a ideia de mudar o regulamento a partir de 2011, e ao invés de quatro, oito equipes passariam e formariam as quartas-de-finais. Desta forma, entenderam ser impossível que as potências do Estado ficassem de fora da fase seguinte, tornando-o mais atrativo, mantendo assim o interesse de terceiros.
     As quartas e semifinais são disputadas em jogo único. Uma grande injustiça com quem passa entre os primeiros e enfrenta aqueles que passaram na ‘rabeira’. Dois jogos é o mais correto. Imagine seu time, que passou em primeiro lugar com sobras na primeira fase, e pega o oitavo, que se classificou aos trancos e barrancos, contando com uma grande combinação de resultados. A equipe que passou no sufoco consegue um gol ‘achado’, se fecha, seu time no desespero ataca, toma o segundo gol de contra-ataque e perde um atleta expulso. Resultado: Eliminado. É justo?
     Muitos dizem que futebol não é justiça. Tudo bem, podemos considerar. Mas daí a dizer que a equipe que fez uma bela campanha na fase preliminar não tem o direito de um segundo jogo (com algum tipo de vantagem por ter feito campanha superior) para reverter a situação e buscar a vaga, já é demais.
     Outra coisa intrigante nessa fórmula benéfica apenas para os cartolas, que estão sentados em seus escritórios debaixo do ar-condicionado, é com relação a absurda quantidade de jogos da primeira fase. É necessário haver 19 partidas para saber quais equipes merecem avançar em uma competição onde quase metade delas prosseguirá? Creio que não.
     Se há 20 clubes, por que não dividi-los em dois grupos com dez times em cada, colocando dois grandes em cada grupo? Dessa forma as equipes disputariam apenas nove partidas, e o interesse das quatro forças do Estado seria maior. O Santos teria mais tempo de preparo, São Paulo e Palmeiras não sofreriam com tantos atletas lesionados, e os demais também teriam seus benefícios. O campeonato não precisaria iniciar tão rápido, alguns meios de semana ficariam ‘livres’, e não haveria necessidade de priorizar Libertadores e Copa do Brasil em detrimento do estadual sendo que o calendário seria mais adequado, dando folga aos times.
     Classificaria dois clubes de cada grupo, fazendo uma semifinal justa e valorizada, ou quatro de cada grupo formando as quartas (o que seria mais benéfico a Federação, para não correr o risco de ver os ‘gigantes’ de fora).
     O mais engraçado de tudo é que dirigentes vem hoje à imprensa reclamar do modo de disputa. Que é sacrificante, que não há tempo para preparo, que é desgastante, que é preciso poupar atletas pelo excesso de jogos etc. Eles só deixam de mencionar aos torcedores - que em sua maioria não enxergam isso - que a culpa é deles próprios, que assinam, concordando com a fórmula de disputa meses antes do início do campeonato.
     Quem sofre com isso são os jogadores lesionados, os treinadores taxados de burros, mas que não podem contar com seus principais jogadores, e nós, torcedores, que somos obrigados a engolir tudo o que é imposto pelos ‘donos do futebol’, os dirigentes de clubes e federações.
     O Campeonato Paulista pode e merece muito mais.

     Saudações Tricolores!


     Twitter: https://twitter.com/#!/dhyegosouza - @Dhyegosouza – Sigo-os de volta!




Créditos da imagem: Divulgação

3 comentários:

  1. Mto boa matéria! Concordo plenamente, esse sistema aí é bem estranho msm, e acaba prejudicando os 'inocentes'.

    ResponderExcluir
  2. É isso ai mesmo!! O Campeonato Paulista é muito importante sim, aumenta a rivalidade e é um torneio mata-mata que particularmente eu prefiro, mas infelizmente como tudo no Brasil falta organização e credibilidade!

    Bela Matéria.
    Continue Assim.

    ResponderExcluir
  3. Muito bom texto. Visão legal sobre esse sistema horrível!

    ResponderExcluir