Na noite de quinta-feira, em Quilmes, na Argentina, o Internacional, apesar da derrota, carimbou o passaporte para as semifinais da Libertadores. O atual campeão Estudiantes bateu o colorado por 2x1, mas graças ao gol marcado fora de casa, a vaga foi conquistada. Giuliano foi o autor do tento, aos 43 minutos da etapa final.
Agora a batalha será contra o São Paulo. Este duelo marcará o reencontro das duas equipes, que se enfrentaram na final de 2006, quando o Internacional sagrou-se campeão.
Devido à realização da Copa do Mundo, os jogos só ocorrerão daqui a dois meses. O primeiro confronto, marcado para o estádio do Beira-Rio, será no dia 28 de julho. Já segunda partida ficará para o dia quatro de agosto, dentro do Morumbi. Diferente do que ocorreu em 2006, "O Mais Querido" decidirá em casa desta vez. Fator que, apesar de não ser decisivo, pode ajudar.
A outra vaga para a final será disputada pelo Chivas Guadalajara, do México, e o Universidad de Chile. A probabilidade dos mexicanos avançarem para a batalha final é grande. É improvável que os chilenos consigam pará-los, pois é evidente a superioridade do Chivas com relação ao Universidad.
No entanto, é ainda mais improvável que a taça não fique nas mãos de uma das equipes brasileiras. Tanto o Tricolor, quanto o Internacional, são superiores ao bom time mexicano. Esta semifinal pode ser uma espécie de decisão antecipada.
- Equilíbrio!
O histórico de confrontos entre as duas equipes é um dos mais acirrados do futebol brasileiro. De acordo com o web site Terra, em 59 partidas o São Paulo obteve 21 vitórias, contra 19 do Internacional. Ainda houve 19 empates. O Tricolor marcou 76 gols e sofreu 68.
- Mais um capítulo!
Amanhã, em Porto Alegre, mais um capítulo desta história será escrito. As equipes se enfrentarão em partida válida pelo Campeonato Brasileiro. Lógico que não dá para se basear neste jogo para a decisão na competição continental, mas, sem dúvida, já será um belo aquecimento.
- Más recordações!
Em 2006, naquela fatídica final, quando fomos derrotados, estive presente no primeiro duelo, realizado no Morumbi. A partida terminou 2x1 para os colorados, dois gols de Rafael Sóbis.
Nunca havia presenciado um jogo de tamanha importância quanto aquele, e jamais imaginaria que minha volta para Santos - minha cidade - seria tão dolorosa. A imagem dos gols de Sóbis, deixando o monstruoso Morumbi, com mais de 70 mil pessoas, em total silêncio, custou para sair da minha memória.
No jogo decisivo, no Beira-Rio, deu empate, 2x2. Talvez muitos não saibam, mas o São Paulo enfrentou diversos tormentos na semana da grande final.
Josué foi expulso - injustamente - nos primeiros minutos de jogo, no Morumbi, ficando de fora da partida de volta. Ricardo Oliveira, que era a grande esperança de gols da equipe, não pôde atuar, pois seu contrato acabou um dia antes do confronto. Ele atuaria se tudo estivesse como programado, e as datas tivessem sido respeitadas. Porém, a Libertadores foi atrasada em uma semana, por causa da realização da Copa do Mundo.
Além disso, dias antes da decisão, dois goleiros da equipe - o terceiro e o quarto do elenco profissional - sofreram um trágico acidente, onde um deles faleceu, e o outro carregará sequelas eternas. Já Rogério Ceni, que falhou em um dos gols, entrou em campo com a notícia de que uma de suas filhas estava internada. Desta forma, fica notório que o São Paulo atravessava diversos abalos, e isso pode ter interferido no resultado final. A taça poderia ter outro destino, mas são águas passadas. Este ano vamos recuperar o que nos pertence.
- Mudou de lado!
Há muitas situações invertidas daquele ano para este. Em 2006, o Tricolor eliminou o Estudiantes para enfrentar o Inter, fez a primeira partida em casa e tinha Fernandão e Jorge Wagner como adversários, além de se tratar de um ano de Copa do Mundo.
Hoje, 2010, mais um ano de Copa, com Fernandão e Jorge Wagner defendendo as cores do "Time da Fé", que decide agora no Morumbi. Além do mais, foram os colorados que eliminaram o Estudiantes de La Plata.
Espero que também haja inverção com relação ao felizardo no fim dos 180 minutos e que este ano a festa seja Tricolor.
- Time da Fé!
Não esperava que o São Paulo fosse longe na Libertadores. Uma equipe que apresentava um futebol burocrático, feio de ver. Não inspirava a mínima confiança na torcida.
Após as partidas diante do Cruzeiro, surgiu uma nova equipe, um grupo de verdade, fechado, focado em um único objetivo. Caso continue com esse espírito, será duro de ser batido.
Deixaram o "Mais Querido" chegar. A tradição e força do clube nesta competição, que é a mais importante do continente, pode pesar neste momento.
Passei a acreditar, com total fervor, que algo positivo está reservado para nós. Algo que já conhecemos e que já conquistamos em três oportunidades. O título continental está a caminho, o título da América está se aproximando.
Adversários, fiquem atentos, o "Time da Fé" está presente, e quem não abrir passagem, fatalmente ficará pelo caminho!






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